quinta-feira, 31 de março de 2011

Agressividade

Ao sermos convidados para estudar a presente matéria de Criminologia, somos levados a buscar a origem do crime e suas explicações.
Assim, como não poderia deixar de ser nos deparamos com a alguns comportamentos humanos que exigem serem compreendidos, entre eles a agressividade.
Nestes sentido poderíamos classificar a agressividade humana como um comportamento inato, e interligado aos sistemas físicos, como o endócrino e o límbico, mas também, estando a mercê de fatores externos como por exemplo a cultura, a educação, entre outros.
A Agressividade, segundo a maioria dos autores, entre eles Fernandes (2010, Criminologia Integrada ), é um comportamento adaptativo, onde o homem, em sua anciã de preservação e manutenção no mundo, se utiliza.
Geralmente o comportamento agressivo é pouco elaborado, e porque não dizer, não envolve consciência, devido a isso entende-se que é mais reativo do que qualquer intecionalizado.
A agressividade está presente no desenvolvimento do individuo desde o momento de seu nascimento, e através dela, acredita-se que o homem também desenvolva o raciocínio em seu desenvolvimento como espécie.
Para muitos teóricos, entre eles o próprio Freud, seria um erro assemelhar os homens e os animais no sentido de se concluir os comportamentos humanos, visto que somos muito mais elaborados e complexos do que a mera identificação de comportamentos adaptativos.
Neste sentido dever-se-ia levar em consideração, ao se analisar o comportamento agressivo, outros sentimentos, e outras circunstancias reativas do organismo no mundo.
É inegável então que a agressividade seja apenas uma reação espontânea, ela é mais profunda, e complexa do que mera expressão de raiva, ela é potencializada com a estruturas que permeiam a formação do homem, como por exemplo a moral, a religião, a educação, a família. São este componentes que também vão de alguma forma interferir na resposta, mas que podem não evitar sua manifestação.
Necessário ainda frisar que a agressividade não pode ser entendida como violência, pois, esta ultima é uma expressão pejorativa, conforme afiram Fernandes, da própria manifestação do homem, posto que ela não tem justificativas, e se dispõem unicamente a destruição, não havendo motivação para sua manifestação.
A violência é um comportamento elaborado, certamente desproporcional, e que quando exteriorizada causa o mau a quem não haveria de sofrer suas conseqüências.
Assim,a violência invade a autonomia, integridade física ou psicológica e mesmo a vida de outro. É o uso excessivo de força, além do necessário ou esperado, e sem razões compreensivas para isso.
Para a Criminologia a agressividade e violência são diferentes, e não devem ser confundidas, pois a primeira é um comportamento que pode ser compreendido (intelectualmente) e a segunda reflete uma falta de aplicação compreensível de uma resposta mais eficaz para a situação.
Independente da corrente teórica que escolhamos para compreender a agressividade o certo é que a interpretação com o mundo sempre será um fator potencializador da expressão deste comportamento, que por sua vez está pautado em circunstâncias fisiológicas.